Por que esta anfitriã ofereceu uma acomodação gratuita a uma pessoa combatendo a COVID-19

O Open Homes agora é o Airbnb.org

Os programas Open Homes e Acomodações na Linha de Frente progrediram para o Airbnb.org, uma nova organização sem fins lucrativos 501(c)(3). Agradecemos a você por criar a comunidade do Open Homes conosco. Queremos muito que você faça parte desta nova etapa.

Cinde, uma empreendedora de Sacramento, se tornou anfitriã do programa Open Homes pela primeira vez em 2018, incentivada pelo pastor da sua comunidade. O Camp Fire, incêndio mais destrutivo da história da Califórnia, estava acontecendo nas proximidades, e Cinde queria fazer todo o possível para ajudar. Ela se tornou anfitriã do Open Homes pela primeira vez para acolher uma mulher grávida e a família dela — eles precisaram fugir de sua própria casa em Paradise, Califórnia, após o incêndio.

Quando Cinde ficou sabendo dos profissionais de saúde e socorristas que precisavam se isolar de suas famílias enquanto trabalhavam para combater a COVID-19, ela sabia exatamente o que fazer para ajudar. Depois que soube que uma amiga, Margy, era enfermeira e precisava de um lugar para ficar, Cinde ofereceu sua acomodação de graça imediatamente.

"Margy me contou que enfrentava dilemas morais a cada minuto no seu trabalho. Ao decidir ficar em uma casa que permitiria manter sua família em segurança, tirou de seus ombros o peso de tomar essa difícil decisão", diz Cinde.

Margy é enfermeira na emergência há 13 anos e já presenciou muitas pandemias — H1N1, SARS e Zika —, mas quando a COVID-19 começou a se estabelecer, ela sabia que encontraria algo diferente.

O que a preocupava mais era a evidência crescente de que o aumento da exposição à COVID-19 poderia levar a casos mais graves e até mesmo à morte. Margy não estava apenas preocupada com ela mesma e seus colegas de trabalho, mas também com o que isso poderia significar para sua família.

"Sinto uma obrigação moral de continuar meu trabalho na linha de frente porque tenho as habilidades que nem todos têm para trabalhar na emergência", explica ela. "Mas também sinto uma obrigação moral de proteger minha família."

Margy foi confrontada com muitas decisões no trabalho, mas também precisava decidir quando iria se mudar e se tinha condições financeiras para fazer isso. Quando Cinde doou sua acomodação para Margy, essa preocupação desapareceu. "Neste momento, estamos tão sobrecarregados, física e emocionalmente, com o que a pandemia está nos custando, que qualquer fardo que nos possa ser poupado é muito significativo."

Mas a questão financeira não foi o único alívio. Trabalhar na linha de frente é emocional e fisicamente desgastante, e muitas vezes Margy se sente isolada e sozinha. Cinde não apenas deu a ela um lugar para ficar, mas também conseguiu transmitir um senso de comunidade.

"Meus amigos da vizinhança ouviram dizer que [Margy] presta ajuda humanitária na emergência e vieram me dizer o quanto ficam gratos pelo trabalho dela", conta Cinde. "Até meus vizinho têm apoiado. Eles me pediram para dizer a ela que estão muito orgulhosos de seu trabalho. É maravilhoso".

Cinde foi uma inspiração para nosso programa Acomodações na Linha de Frente, que lançamos em março de 2020. A ajuda que Cinde ofereceu a Margy ilustra a importância da comunidade durante este momento difícil. Para Margy, fez toda a diferença.

"Se minha comunidade está me apoiando assim, então eu também quero ajudá-la e continuar na linha de frente", diz Margy. "E o que ninguém quer em uma pandemia é que a linha de frente recue. Por isso, faça tudo o que puder para ajudar quem está na linha de frente. Essa é uma daquelas coisas importantíssimas".