Como uma Superhost queniana promove a inclusão ao hospedar

Conheça uma anfitriã de Nairóbi e confira suas dicas para fazer com que todos os hóspedes se sintam acolhidos.
Por Airbnb em 4 de mar. de 2021
Leitura de 6 minutos
Atualizado em 4 de mar. de 2021

Destaques

  • Uma Superhost em Nairóbi, no Quênia, dá dicas de hospedagem para promover a inclusão

  • Para continuar a confrontar e desconstruir o preconceito inerente, confira nossa lista de leituras

O Dia Internacional da Mulher é 8 de março, e o tema deste ano é #ChooseToChallenge. Ele incentiva todos nós a nos comprometermos a expor a desigualdade e a nos empenharmos na criação de um mundo inclusivo.

Nos EUA e no Canadá, fevereiro é o mês de homenagem à História Negra, e março é o mês que celebra a História das Mulheres. Ou seja, os primeiros meses do ano apresentam muitas oportunidades para prestar homenagem a grupos que historicamente sofreram injustiças e discriminações.

Mas, no Airbnb, o respeito à história das mulheres e dos negros não se restringe a apenas um mês. Achamos importante homenageá-las todos os dias, porque sua história faz parte da história do mundo. Com esse objetivo, conversamos com uma Superhost negra de Nairóbi, no Quênia, sobre sua experiência de receber pessoas do mundo inteiro e suas dicas para promover a inclusão.

A Superhost Juliette de Nairóbi, no Quênia, conta que sofreu discriminação em quatro aeroportos diferentes em suas viagens. "Fui discriminada e revistada, apesar de meus documentos de viagem estarem em ordem", conta ela. "Essas experiências me fortaleceram e me levam a tratar com compaixão, carinho e empatia as pessoas de diferentes culturas que encontro."

A comunidade negra historicamente enfrenta discriminações ao viajar, mas essa mesma comunidade também se une para enfrentar esses desafios e ajudar a tornar as viagens mais seguras e acolhedoras. No Airbnb, há muito tempo sentimos que as viagens e as conexões feitas por meio delas oferecem algumas das melhores maneiras de superar e romper preconceitos. Estamos comprometidos a ajudar a romper essas barreiras uma a uma.

A trajetória de uma anfitriã

Juliette é líder da comunidade de anfitriões do grupo do Quênia, o que significa que ela se voluntaria para administrar o grupo e organizar encontros com outros anfitriões. Antes de se tornar anfitriã, ela foi consultora de estratégia empresarial por mais de 20 anos. Depois de se aposentar precocemente em agosto de 2014, viajou para a Cidade do Cabo, na África do Sul, e reservou uma acomodação no Airbnb. Após essa experiência, a perspectiva de receber hóspedes a deixou animada.

"Voltei imediatamente para casa, fiz algumas reformas e decidi anunciar meu espaço no Airbnb", diz Juliette. Mas, antes de publicar oficialmente o anúncio em janeiro de 2015, ela estava indecisa. "Mudei de ideia várias vezes, mas Pamellah, uma embaixadora de anfitriões, me convenceu a dar uma chance."

Juliette diz que os recursos educativos disponíveis agora, como encontros de anfitriões e grupos nas redes sociais, tornaram a hospedagem ainda mais fácil. Naquela época, ela contava com o contato individual com outros anfitriões como Pamellah para tirar dúvidas e receber orientação durante o processo.

Tudo em família

Juliette anuncia a casa da família no Airbnb. "Criei meus filhos nessa mesma casa", conta ela. "Conheço tudo o que a torna única, onde é mais quente e onde é mais frio." Agora, ela recebe com alegria novas gerações de famílias no seu espaço.

"O que mais me orgulha é oferecer um lar acolhedor para famílias com recém-nascidos e bebês", diz Juliette. Além disso, ela está ensinando empreendedorismo ao seu filho de 20 anos através da parceria que tem com ele como seu coanfitrião.

A inclusão começa com seu estilo de hospedagem

Juliette aprendeu algumas coisas sobre hospedagem ao longo dos anos e sempre se empenha em ser educada ao receber os hóspedes. Estas são suas principais sugestões para promover a inclusão:

  • Faça parte de um grupo de anfitriões. "Não tente fazer tudo sozinho", diz Juliette. "Há uma rede de anfitriões que já estiveram no seu lugar, e eles estão dispostos a ajudar na sua jornada, dar conselhos e esclarecer suas dúvidas. Hospedar é muito mais fácil do que antes."
  • Pesquise. "Use os recursos à sua disposição", diz Juliette. "O Airbnb fornece essas informações para você, mas também há muitos outros recursos por aí. Há muito mais disponíveis agora."
  • Desenvolva seu estilo de hospedagem. Conforme você começa a hospedar, tenha uma ideia de onde quer chegar. "Tenha uma ideia concreta do que quer alcançar no Airbnb", sugere Juliette. "Como você gostaria de ser tratado se fosse o hóspede? Qual é seu nicho? O que você pode fazer de diferente? Como quer que os hóspedes se lembrem de você? Trace um plano."
  • Retribua à comunidade. Se você ajuda outras pessoas, tem mais chances de se envolver e pôr a inclusão em prática. "Depois de se estabelecer como anfitrião e desenvolver seu nicho, encontre maneiras de retribuir e ajudar outros anfitriões", sugere Juliette. "No momento, ajudo mulheres a hospedar."
  • Priorize a segurança. "Como sou uma mulher negra, é muito importante para mim me sentir segura", conta Juliette. "Desenvolva confiança com o hóspede — isso é essencial para você poder protegê-lo." Juliette também ajuda os hóspedes a utilizar o transporte na região. "Eu sei que viajar sem companhia ou mesmo com outras pessoas em um lugar novo pode ser assustador", explica ela. "Uso meu conhecimento da cidade, da minha casa e dos hóspedes para tornar a experiência a mais segura possível."

Um lugar onde todos se sintam em casa

Como uma anfitriã negra que sempre recebe hóspedes do mundo inteiro, Juliette sabe como é importante promover o senso de inclusão e pertencimento. Nos últimos seis anos, desde que começou a receber viajantes, ela aprendeu muito sobre como fazer os hóspedes se sentirem bem-vindos. Confira suas principais dicas de hospedagem:

  • Use o anúncio para contar sua história. Identifique o que você e sua acomodação têm de especial e compartilhe isso no perfil de anfitrião e no anúncio. "Inclua todas as informações do que torna você e a acomodação especiais e deixe bem claro o que os hóspedes devem esperar", explica Juliette. "Essa é outra forma de eles conhecerem você."
  • Ative a Reserva Instantânea. Para Juliette, é importante tratar todos os hóspedes com igualdade — e isso começa com a ativação da Reserva Instantânea. Embora os anfitriões só possam acessar fotos de perfil depois que a reserva é concluída, a discriminação geralmente se baseia na percepção — e as pessoas podem desenvolver uma percepção da raça de uma pessoa a partir de informações como o nome. A Reserva Instantânea remove essas variáveis do processo de reserva.
  • Comunique-se o quanto antes e com frequência. "Normalmente, começo perguntando o que o hóspede precisa, o que devo esperar, a que horas ele chegará, o que posso fazer por ele e como posso melhorar a experiência", diz Juliette. O guia da casa dela oferece informações adicionais. "Também forneço um guia para ajudar os hóspedes a conhecer meu espaço e evitar surpresas. Muitos problemas podem ser evitados se você explicar tudo detalhadamente."
  • Receba os hóspedes de forma personalizada. "Todos os hóspedes são especiais para mim", diz Juliette. "Incluo etiquetas com o nome de cada hóspede e ofereço tratamento personalizado a todos, individualmente. Além disso, sempre recebo os hóspedes pessoalmente, a menos que eu não esteja por perto." Acolher todos os hóspedes da mesma forma ajuda a reduzir o preconceito, promover a inclusão e garantir que todos se sintam à vontade.
  • Preste atenção ao que os hóspedes precisam. "Recebo hóspedes de culturas e origens muito diversas, e todos eles têm necessidades, expectativas e experiências diferentes", diz Juliette. "Ouço tudo o que eles têm a dizer e faço mais perguntas se algo não ficar claro." Por exemplo, ela costuma receber viajantes quenianos que moram em outros países e que voltaram para visitar. "Muitas vezes, eu os ajudo a redescobrir Nairóbi", conta ela.

Outros recursos para promover a inclusão

Como anfitrião, você sabe como é importante confrontar e derrubar seu próprio preconceito inerente para oferecer o mesmo tipo de hospitalidade a todos os hóspedes, independentemente de quem sejam, de onde venham ou de sua aparência, por exemplo.

Por isso, queremos compartilhar alguns recursos que consideramos úteis para nosso esforço constante de promover o ativismo e o apoio mútuo em toda a comunidade.

Queremos que a conversa sobre inclusão continue e esperamos que você comente suas próprias experiências de hospedagem no Airbnb na nossa Central da Comunidade, além dos recursos e dicas que mais ajudaram você a criar um espaço onde todos se sintam em casa.

As informações presentes neste artigo podem ter mudado desde a publicação.

Destaques

  • Uma Superhost em Nairóbi, no Quênia, dá dicas de hospedagem para promover a inclusão

  • Para continuar a confrontar e desconstruir o preconceito inerente, confira nossa lista de leituras

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4 de mar. de 2021
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